Como e porque estudar a Antiguidade Clássica – Dicas e apontamentos

Antiguidade Clássica é um termo que se utiliza comumente para definir o período entre a invenção da escrita cuneiforme, na Mesopotâmia, até as invasões “bárbaras” ao Império Romano. Essa definição de Antiguidade, no entanto, traz consigo algumas implicações e uma das maiores diz respeito às civilizações que são incluídas no estudo desse período. Durante muito tempo, a historiografia considerava apenas o estudo das sociedades formadas nas regiões da Mesopotâmia  e Egito, e o mundo greco-romano.

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Acrópole em Atenas – Imagem clássica quando nos referimos à Antiguidade Clássica

Assim, essa divisão trazia consigo uma concepção de mundo bastante eurocêntrica, que considerava apenas as descobertas dessas civilizações como formadoras da nossa sociedade ocidental atualmente. No entanto, uma tendência que tem sido vista nos últimos 30 anos é considerar como parte da Antiguidade as civilizações que se formaram em outras partes do mundo.

Estudo mais recentes mostram e ressaltam a importância das descobertas e invenções de civilizações que se formaram na China, na Índia e na América, que também desenvolveram uma escrita elaborada, contestando a ideia de que a escrita foi inventada e somente praticada entre aquelas civilizações do Oriente Próximo.

No entanto, os vestibulares e os livros didáticos de História ainda se pautam enormemente no estudo da chamada “Antiguidade Clássica”, que compreende apenas o mundo greco-romano, que seria o grande depositário de nossas heranças. Assim, ainda que apareçam análises sobre as outras civilizações da Antiguidade (incas, maias, astecas, chineses) nos livros das escolas e nas questões de vestibular, a predominância do estudo da Grécia e de Roma ainda prevalece.

Seguindo essa tendência, então, é importante que os vestibulando se dedique ao estudo desses tópicos que, quase que invariavelmente, são abordados nas provas das Universidades. O estudo do chamado mundo Grego e do Império Romano requer muita atenção e dedicação, uma vez que são assuntos complexos, com muitos conceitos e divisões, mas especialmente porque são assuntos mais distantes de nossa realidade do dia-a-dia.

Dessa forma, para estudar esses assuntos, precisamos nos desvencilhar de alguns conceitos e ideias. Por exemplo, ao estudar o conceito de cidadania na república romana, devemos ter em mente que esse conceito era muito diferente naquela sociedade. Não é possível supor e aplicar nossos conhecimentos e visão de mundo para estudar essas civilizações. O mesmo vale, em outro importante tópico, para o entendimento da democracia na Grécia Antiga.

Já que falamos sobre esses pontos, cidadania e democracia, é importante destacar que ainda que os conceitos sejam diferentes dos atuais, eles formaram a base da construção da política ocidental moderna. Assim, o estudo das organizações políticas na chamada Antiguidade Clássica é essencial para o entendimento da formação e das noções de nossas instituições políticas atuais. Justamente por isso, os vestibulares costumam privilegiar questões relacionadas a tais conceitos.

Para se dar bem nas provas, não tem muito segredo: estudo! As questões, de modo geral, demandam do candidato um conhecimento prévio (é preciso ter fresco na mente um quadro geral desse período histórico) e muita capacidade de interpretação. Por isso, ler textos de diferentes naturezas vai ser essencial para se preparar para as provas. E isso vale para todos os assuntos e matérias de Humanas.

 

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